Representantes
de mais de cem empresas de Tijucas, Canelinha, São João Batista, Nova Trento e
Porto Belo participaram, no dia 23 de janeiro de 2013, da Audiência
Pública/Seminário sobre o Projeto Aprendizagem – Qualificação Profissional e
Inclusão Social, no Município de Tijucas.
Preocupados
com a falta de oportunidade de qualificação profissional para os jovens da
região, representantes da Associação Catarinense
dos Conselheiros Tutelares – ACCT solicitaram ao Fórum Estadual de
Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Adolescente no Trabalho -
FETI/SC, que levasse aos empregadores e aos gestores públicos da região
esclarecimentos sobre Aprendizagem
Profissional.
O Seminário
realizado pelo Ministério do
Trabalho e Emprego e Ministério
Público do Trabalho em Santa Catarina – PRT12, e pelos demais integrantes
do FETI/SC e do Fórum
Catarinense de Aprendizagem Profissional - FOCAP, foi viabilizado pela ação
articulada de diversos atores do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e
do Adolescente - SGDCA
da Região. Destacamos o
fundamental apoio dado da Prefeitura
Municipal de Tijucas, por meio da sua Secretaria
Municipal de Cultura, Juventude e Direitos Humanos, dos Juízes de Direito e dos Promotores
de Justiça das Comarcas de Tijucas e São João Batista.
Além de
integrantes dos órgãos organizadores e empresários, participaram do evento o Ministério
Público Estadual, o Tribunal
Regional do Trabalho da 12ª Região, Poder Judiciário Estadual,
Prefeituras, Vereadores, Secretarias Municipais, representantes do SGDCA da
região, do Sistema Nacional de Aprendizagem – SENAC,
SENAI, SENAT, SENAR e SESCOOP e outras Entidades
Formadoras e do Fórum
Catarinense pelo Fim da Violência e da Exploração Sexual Infanto-Juvenil.
Na
palestra conjunta, a Procuradora do Trabalho Geny Helena
Fernandes Barroso Marques e a Auditora Fiscal do Trabalho Inge
Ranck discorreram sobre 1) a Doutrina
da Proteção Integral da Criança e do Adolescente; 2) os riscos do Trabalho
Infantil e sua relação com a evasão escolar 3) a importância
da Aprendizagem como Política Pública na busca de qualificação profissional e
escolarização formal; 3) a necessidade de trabalho articulado em rede, no
município, para a sua implementação; 4) a legislação e o papel de cada ator
nesse trabalho articulado legislação pertinente (empresas, Sistema Nacional de
Aprendizagem e outras Entidades Formadoras, MPT, MTE, TRT, SUAS, MP Estadual,
Justiça Estadual, CMDCA,
Conselhos Tutelares, Secretarias Assistência Social, de Educação e Saúde e
outros atores SGDCA).
Segundo
dados levantados pela Auditora Inge, nos cinco municípios para os quais o
evento foi realizado, existem 208 médias e grandes empresas, com obrigação de
contratar, no mínimo 759 aprendizes, mas caso o fizessem por responsabilidade
social, podem qualificar até três vezes mais. Além dessas empresas, muitas não
tem a obrigação, mas podem fazê-lo. Dessa forma, caso as empresas da região
assumam sua responsabilidade social, podem, junto com o Sistema Nacional de
Aprendizagem, escolas técnicas e outras entidades formadoras, propiciar
qualificação profissional para mais de três mil jovens na faixa etária dos 14
aos 24 anos e de pessoas com deficiência (sem limite de idade).
0 Comentários