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crescimento das mortes de crianças e adolescentes no Brasil: indiferença social e institucional

O Brasil ocupa a 4ª posição no ranking de homicídios contra crianças e adolescentes, entre 92 países pesquisados. Os índices nacionais superam entre 50 e 150 vezes os de países como Inglaterra, Portugal, Irlanda, Itália, e Egito. A constatação está no Mapa da Violência 2012 Crianças e Adolescentes do Brasil, coordenado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, Cebela.
Além da violência pelo homicídio, o levantamento traz a evolução da década 2000/2010 dos recortes da mortalidade por acidentes de transporte, outros acidentes, suicídios e atendimentos por violências no SUS. Julio Jacobo registra que a análise foi realizada “só por um minúsculo fragmento do iceberg das violências: aquelas que são registradas e institucionalizadas através das certidões de óbito ou das notificações de atendimentos no Sistema Único de Saúde do país.”. Assustador, segundo afirma, é que o crescimento da violência contra crianças e adolescentes ocorra pela “tolerância e aceitação tanto da opinião pública quanto das instituições precisamente encarregadas de enfrentar esse flagelo”.
Ao contrário, as mortes por causas naturais passaram por “drástico declínio”. Segundo o pesquisador, o fato é explicado “pelos avanços do sistema de saúde, de saneamento básico e educacional do país, pela melhoria das condições de vida da população”. No entanto, as causas externas de mortes cresceu no período do estudo. Ao mesmo tempo que a taxa de vítimas de acidentes de transporte aumentou 7%, registrou crescimento de 346% para os homicídios.
Leia o relatório na biblioteca da ANDI.
Artigo Indiferença social e institucional é a base do crescimento das mortes de crianças e adolescentes no Brasi, no Blog da ANDI

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