A
Fiscalização para o Combate ao Trabalho Infantil, projeto obrigatório em todas
as Superintendências Estaduais, apesar das dificuldades, como a falta de
Auditores Fiscais e de servidores administrativos, tem melhorado seus
resultados. Em 2014, foram 9.798 ações fiscais, nas quais foram
afastadas 5.522 crianças e adolescentes de situação de trabalho proibido. Em
2012 foram 7.392 ações fiscais de combate ao trabalho infantil, em
2013 foram 8.339.
Em
outubro de 2014, foi publicada a Instrução Normativa
nº 112, que constituiu Grupo
Móvel de Fiscalização de Combate ao Trabalho Infantil (GMTI), que atuará
em todas as unidades da Federação.
Registre-se,
ainda, a participação da SIT/MTE e dos Auditores Fiscais coordenadores no
redesenho do Programa de Erradicação do
Trabalho Infantil (PETI), em ação conjunta com o Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, com o Ministério da Saúde, com o Ministério da
Educação e com a Secretaria de Direitos Humanos. Houve um encontro
nacional em agosto de 2014 e seis
encontros regionais, quando as políticas de assistência social, inspeção do
trabalho, educação, saúde e direitos humanos estiveram juntas na construção de
uma agenda intersetorial de 2015
a 2017.
A
inspeção do trabalho assume papel de destaque na Agenda Intersetorial
das Ações Estratégicas do PETI, tornando-se ponto focal nos 1.903
municípios brasileiros nos quais há maior incidência de trabalho infantil
conforme dados de 2013 disponibilizados pela Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD).
Em
coordenação com a SDH, da Presidência da República, Conanda, Redes Nacionais de
Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, formadas pelo Comitê Nacional
de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, Fórum DCA,
FNPETI, UNICEF, OIT e Childhood Brasil, a Fiscalização de Combate ao
Trabalho Infantil desempenhou importante papel na Agenda de Proteção
à Criança e ao Adolescente em Grandes Eventos, chamada de Agenda de
Convergência, com o objetivo de prevenir a violação de direitos humanos de
crianças e adolescentes, durante os grandes eventos da Copa da Copa do Mundo de 2014.
A expectativa
é que a experiência acumulada sirva de base para outros megaeventos
posteriores, como as Olimpíadas/Paralímpiadas de 2016 e festas regionais (como
as festas juninas, Carnaval e eventos culturais).
Ainda
em colaboração com a SDH-PR, a Fiscalização de Combate ao Trabalho
Infantil teve ativa participação na construção das matrizes da Carta de
Constituição de Estratégias em Defesa da Proteção Integral dos Direitos da
Criança e do Adolescente, uma iniciativa articulada, contínua, permanente e
compartilhada, que integra órgãos do poder Executivo e do Sistema de Justiça
para dar efetividade aos direitos fundamentais da criança e do adolescente, com
absoluta prioridade.
Como
parte da política de articulação com outros órgãos e instituições,
a Fiscalização de Combate ao Trabalho Infantil, por meio da SIT, manteve
participação em diversos fóruns e outros colegiados, como CONAETI, CONANDA, FNPETI, Comitê
Intersetorial de Convivência Familiar e Comunitária, Carta de
Constituição das Estratégias emDefesa da Proteção Integral dos Direitos da
Criança e do Adolescente, dentre outros.
Especial
destaque deve ser dado à coordenação dos esforços despendidos na campanha anual
de 12 de junho, dia mundial de combate ao trabalho infantil, a fiscalização de
combate ao trabalho infantil participa da elaboração de toda a campanha em
colaboração com o FNEPTI e na coordenação das atividades a serem desenvolvidas
pelos projetos de combate ao trabalho infantil no âmbito das SRTE.
Como
decorrência da III Conferência Global sobre o
Trabalho Infantil, realizada em outubro de 2013 no Brasil, o Governo
Federal atuará, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT),
no projeto América
Latina Livre de Trabalho Infantil, ampliando ainda mais a cooperação
internacional.
Desde
2013, a Secretaria de Inspeção do Trabalho manteve
participação na estratégia da cooperação técnica internacional prestada
pelo Brasil, centrada no fortalecimento institucional de nossos parceiros,
condição fundamental para que a transferência e a absorção dos conhecimentos
sejam efetivadas. Sem fins lucrativos e desvinculada de interesses comerciais,
a cooperação técnica pretende compartilhar êxitos e melhores práticas nas áreas
demandadas pelos países parceiros, dando prosseguimento ao termo Sul-Sul, obedecendo a
seguinte divisão em blocos, juntamente com a Agência Brasileira
deCooperação - ABC, em relação à demanda e à oferta na iniciativa de
Cooperação Sul-Sul no tema do combate ao trabalho infantil: Primeiro bloco,
PALOPs (Países de Língua Oficial Portuguesa); segundo bloco, países do
Mercosul; terceiro bloco, países da Comunidade Andina, estendido à América
Central e ao Caribe; e quarto bloco, países da iniciativa Brasil, Índia e
África do Sul – IBSA.
Em
agosto de 2013 a Fiscalização de Combate ao Trabalho Infantil, através
da SIT, se fez representar em reunião ocorrida no Peru sobre erradicação
do trabalho infantil; em fevereiro de 2014, participação na Oficina de
Capacitação sobre Trabalho Infantil para a Inspeção do Trabalho do Haiti, na
qual também participaram representantes de organizações de trabalhadores, do
Ministério de Assuntos Sociais e Relações do Trabalho e do Poder Judiciário do
Haiti, além de representantes da OIT/Genebra, OIT/Brasil e OIT/Haiti; em abril
de 2014, participação na Formação de Inspetores do Trabalho em Díli, Timor
Leste, e Maputo, Moçambique, atuando na capacitação dos membros da Rede de
Proteção da Criança e do Adolescente, em especial da inspeção do trabalho, no
combate ao trabalho infantil. Em setembro de 2014 essa Secretaria se fez
representar na oficina Trabalho Infantil na Agricultura, Pobreza Rural nos
Países do CONE SUL, ocorrida em Assunção – Paraguai.
A
redução do trabalho infantil no Brasil apontada pela última PNAD - muito
tímida na avaliação
do FNPETI - nos indica que não basta maior eficiência da
fiscalização, fazendo-se necessário o fortalecimento da articulação dos
diversos atores comprometidos com a proteção da infância e da adolescência.
Texto editado por Inge Ranck, Auditora-Fiscal na SRTE/SC, a partir de dados fornecidos pela Coordenação Nacional do Combate ao Trabalho Infantil do MTE
Texto editado por Inge Ranck, Auditora-Fiscal na SRTE/SC, a partir de dados fornecidos pela Coordenação Nacional do Combate ao Trabalho Infantil do MTE
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