FETI

Main Ad

Departamento americano elogia política brasileira de combate ao trabalho infantil

Analista internacional do órgão americano apresenta diagnósticos sobre Trabalho Infantil, que cita os avanços na política de erradicação da prática no Brasil
Estudos do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, elogiando a política de combate ao trabalho infantil do Brasil, foram entregues, nesta segunda (19), pela analista internacional Adrienne Long, ao secretário-substituto da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), João Paulo Ferreira Machado. Os documentos mostram o avanço significativo e os esforços do Ministério do Trabalho para eliminar as piores formas de trabalho infantil.

Em 2015, o Brasil realizou 7.263 inspeções a essa prática ilegal. E o trabalho do órgão agora ganha reconhecimento e consta nos relatórios “Constatações sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil 2015” e “Lista dos Itens Produzidos pelo Trabalho Infantil ou pelo Trabalho Forçado”, produzido pelo Serviço de Trabalho Infantil, Trabalhos Forçados e Tráfico Humano do Escritório de Assuntos Trabalhistas Internacionais do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.

Os estudos destacam as principais ações no combate ao Trabalho Infantil e Forçado realizadas pelo governo brasileiro com base nos dados apresentados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2014. “Destacamos que, mesmo a PNAD 2014 demonstrando que 3,3 milhões de crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, estariam sujeitas ao trabalho infantil, os dados da PNAD 2015, já divulgada pelo governo, demonstraram uma queda para 2,7 milhões de crianças e adolescentes, ou seja, houve significativa redução de 2014 para 2015”, ressaltou João Paulo.

O documento destaca o aumento em U$ 268 milhões nos recursos para o Bolsa-Família e atos como os ocorridos na Bahia, onde uma lei estadual prevê perda de benefícios fiscais e administrativos para empresas que usam trabalho escravo e proíbe empresários a abrir um novo negócio por até 10 anos, e o Plano Municipal para Erradicação do Trabalho Escravo de São Paulo, que cria um banco de dados central para informação sobre trabalho forçado e aumenta o acesso a serviços em educação.

O diagnóstico, porém, adverte que as crianças no Brasil continuam a ser empregadas nas piores formas de trabalho infantil, entre elas a produção de tabaco e a exploração sexual comercial, e que 62% delas, entre 5 a 13 anos, realizam trabalho na agricultura ou outras atividades na indústria e setor de serviços. Outro destaque negativo foi o tráfico de pessoas em áreas fronteiriças, onde crianças, principalmente indígenas, são traficadas para servir como empregados domésticos.

A ratificação pelo governo brasileiro das principais convenções internacionais relativas ao combate ao trabalho infantil, inclusive em suas piores formas, os programas do governo para lidar com o assunto e o estabelecimento de leis e regulamentos contra a prática foram destacados no diagnóstico do governo americano.

“Além de entregar os estudos, a analista do Departamento Americano também quis conhecer melhor as ações que desenvolvemos na SIT, principalmente as relativas ao combate ao trabalho escravo e infantil. Destacamos os trabalhos dos Grupos Móveis, ressaltando que, de 2006 a 2015, foram realizadas 46.984 ações fiscais de combate ao trabalho infantil, afastando 63.846 crianças e adolescentes do trabalho”, explicou João Paulo.

Os diagnósticos sobre trabalho infantil estão disponíveis para consulta no link do departamento https://www.dol.gov/agencies/ilab/reports/child-labor

Fonte: Ministério do Trabalho

Postar um comentário

0 Comentários