Os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) inspiraram uma associação não-governamental neozelandesa a criar uma nova etiqueta para a roupa do dia-a-dia: ‘Child labour free’ (livre de trabalho infantil). De acordo com a OIT, segundo os números mais recentes, de 2013, o mundo conta com 168 milhões de crianças a trabalhar por soldos magros (ou nenhum salário) e sem qualquer possibilidade de frequentar a escola ou ter tempo para brincar, conviver, ou estar com amigos e família. E a indústria têxtil, cujos escândalos envolvendo grandes marcas de roupa multinacionais têm sido denunciados nos últimos anos, ocupa lugar de destaque na integração de trabalho infantil nas suas linhas de montagem.
À boleia da edição da Semana da Moda da Nova Zelândia de 2015, organização, que leva o nome da etiqueta criada, pretende que as marcas de roupa submetam o seu processo de produção a uma entidade independente (uma consultora) que, à semelhança de outras auditorias, valide e certifique as peças de roupa como fabricadas por mão-de-obra que não é menor de idade. As primeiras peças devidamente autenticadas com a etiqueta deverão aparecer nas passarelas de Auckland, onde se realizam os desfiles daquela Semana de Moda.
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